sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Juíza do Caso Alexandre Ivo, Dra Patrícia Acioli, é assassinada



NO DIA 11, QUINTA, TERÍAMOS A ÚLTIMA AUDIÊNCIA DO CASO ALEXANDRE (V)IVO, MAS A MESMA FOI TRANSFERIDA PARA SETEMBRO, POIS A JUIZA DO CASO, PATRÍCIA LOURIVAL ACIOLI, 47 ANOS, TITULAR DA 4ª VARA CRIMINAL DE SÃO GONÇALO, ESTAVA AINDA EM JURI COM UM CASO QUE PELO ANDAR DO PROCESSO NÃO TERMINARIA CEDO PARA INSTALAR A AUDIÊNCIA QUE OUVIRIA OS SUSPEITOS DE ASSASSINATO DO ALEXANDRE IVO, E QUE A FAMÍLIA JÁ AVALIAVA COMO A ÚLTIMA DAS AUDIÊNCIAS E O SEU PRONUNCIAMENTO A JURI. 

NO ENTANTO, COMO SEMPRE SAIMOS TARDE DA NOITE DO FORUM DE SÃO GONÇALO, POR CONTA DAS AUDIÊNCIAIS, NESTA A JUÍZA NÃO RETORNARÁ MAIS, POIS NESTA MADRUGADA. INDO PARA SUA CASA, A JUIZA FOI ASSASSINADA, JÁ NO DIA 12 DE AGOSTO DE 2011. SEGUNDO VÁRIAS REPORTAGENS, ELA ESTAVA SENDO AMEAÇADA POR MILICIANOS E TRAFICANTES. A MESMA FOI EXECUTADA COM AO MENOS 15 TIROS DENTRO DE SEU CARRO NA PORTA DE CASA, EM PIRATININGA, REGIÃO OCEÂNICA DE NITERÓI. SEGUNDO REPORTAGENS A MAGISTRADA, A PRIMEIRA ASSASSINADA PELO CRIME ORGANIZADO NO RIO DE JANEIRO, TEVE A SEGURANÇA PESSOAL - ESCOLTA POLICIAL RETIRADA POR ORDEM DO ENTÃO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA (TJ) DO RIO, LUIZ ZVEITER, HOJE PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL (TRE).

CONSIDERADA UMA JUÍZA LINHA DURA, 'MARTELO PESADO' COMO SE CHAMA. SEMPRE COM CONDENAÇÕES EM PENA MÁXIMA DE GENTE LIGADA À MÁFIA DO ÓLEO, MÁFIA DAS VANS, MILÍCIA DE SÃO GONÇALO, POLICIAIS ENVOLVIDOS COM DESVIO, CORRUPÇÃO E TRÁFICO DE DROGAS, BEM COMO COM EXTERMÍNIO. 

DE ACORDO COM AS REPORTAGENS, A JUÍZA PARTICIPARIA NA PRÓXIMA SEMANA DE UM JULGAMENTO IMPORTANTE ENVOLVENDO MILICIANOS. PATRÍCIA ACIOLI FOI A RESPONSÁVEL PELA PRISÃO DE QUATRO CABOS DA POLÍCIA MILITAR E UMA MULHER, EM SETEMBRO DE 2010, ACUSADOS DE INTEGRAR UM GRUPO DE EXTERMÍNIO DE SÃO GONÇALO. A QUADRILHA SEQUESTRAVA E MATAVA TRAFICANTES PARA DEPOIS PEDIR RESGATES DE R$ 5 MIL A R$ 30 MIL A COMPARSAS E PARENTES DAS VÍTIMAS.

ELA TAMBÉM DECRETOU, EM JANEIRO DESTE ANO, A PRISÃO PREVENTIVA DE SEIS POLICIAIS ACUSADOS DE FORJAR AUTO DE RESISTÊNCIA NA CIDADE. NO INÍCIO DA SEMANA, PATRÍCIA ACIOLI CONDENOU A UM ANO E QUATRO MESES DE PRISÃO, POR HOMICÍDIO CULPOSO, O TENENTE DA PM CARLOS HENRIQUE FIGUEIREDO PEREIRA PELA MORTE DO ESTUDANTE OLDEMAR PABLO ESCOLA DE FARIA, NA ÉPOCA COM 17 ANOS. ELE FOI BALEADO NA CABEÇA NA BOATE ALDEIA VELHA, NO BAIRRO ZÉ GAROTO, EM SÃO GONÇALO, EM SETEMBRO DE 2008.

PATRÍCIA ESTAVA NUMA "LISTA NEGRA" COM 12 NOMES POSSIVELMENTE MARCADOS PARA A MORTE, ENCONTRADA COM WANDERSON SILVA TAVARES, O GORDINHO, PRESO EM JANEIRO DESTE ANO EM GUARAPARI (ES). ELE É CONSIDERADO CHEFE DO GRUPO DE EXTERMÍNIO INVESTIGADO POR AO MENOS 15 MORTES EM SÃO GONÇALO NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS. O PRESIDENTE DO TJ, MANOEL ALBERTO REBELO DOS SANTOS, ESTEVE NO LOCAL DO CRIME E DISSE QUE ELA JÁ HAVIA RECEBIDO AMEAÇAS. NA MESMA LISTA APARECE O NOME DO PROMOTOR PAULO ROBERTO MELLO CUNHA DO TRIBUNAL DO JURI, POLICIAIS DO NÚCLEO DE HOMICÍDIOS DA 72 DP (MUTUÁ - SÃO GONÇALO) E O DELEGADO GERALDO ASSED, TITULAR DESTA DELEGACIA.

.SEGUNDO TESTEMUNHAS AS REPORTAGENS QUE CONSULTAMOS, O ATAQUE FOI FEITO POR HOMENS ENCAPUZADOS EM DUAS MOTOS E DOIS CARROS POR VOLTA DAS 23H30 DE QUINTA-FEIRA. PELO MENOS 16 TIROS DE PISTOLAS CALIBRES 40 MM E 45 MM FORAM DISPARADOS CONTRA O FIAT IDEA WEEKEND CINZA DA MAGISTRADA QUANDO ELA CHEGAVA EM CASA. TODOS ACERTARAM O LADO DA MOTORISTA, SENDO OITO DIRETAMENTE O VIDRO. AS BALAS ATINGIRAM PRINCIPALMENTE A CABEÇA E TÓRAX DA JUÍZA, QUE NÃO ANDAVA COM SEGURANÇAS.

NÓS FAMILIARES, PARENTES E AMIGOS DE ALEXANDRE (v)IVO SOLIDARIZAMO-NOS COM A FAMÍLIA, PARENTES E AMIGOS DA DRA PATRÍCIA ACIOLI, POIS SABEMOS O QUANTO É DOLOROSO TER UM DOS NOSSOS BRUTALMENTE ASSASSINADO. QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA E QUE A IMPUNIDADE SEJA REPELIDA NO COTIDIANO DA NOSSA LUTA POR UMA VIDA DIGNA E PELA PAZ.
TORTURA NUNCA MAIS!
ABRAÇOS FRATERNOS

familiares, parentes e amigos de ALEXANDRE (V)IVO!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

RETA FINAL DE INSENSATO CORAÇÃO E O CASO ALEXANDRE (V)IVO


RETA FINAL DE INSENSATO CORAÇÃO: GILVAN, “um menino gay, branquinho, do interior, órfão de mãe, sofre preconceitos do pai e do irmão por ser gay, vem para o Rio de Janeiro, não tem onde morar, seu dinheiro acaba quando chegou por conta da Parada LGBT, pelo alto preço dos produtos, acolhido pela dona do quiosque LGBT onde arrumou trabalho e moradia” foi ASSASSINADO, mas com ele, nos próximos capítulos, vai o casal gay Hugo e Eduardo, pelas mãos do mesmo assassino.

Na vida real, estamos na RETA FINAL DO PROCESSO CRIMINAL DE ALEXANDRE IVO, pelo menos dia 11 de agosto, às 14 horas, será o tão esperado depoimento dos três suspeitos do assassinato, última audiência processual e o pronunciamento da Juíza Patrícia Aciolli da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo-RJ.

Na novela Insensato Coração, as cenas do assassinato do menino GILVAN:
Bem, pode-nos parecer que a realidade se misturou com a ficção, no caso do assassinato do menino GILVAN e o caso ALEXANDRE IVO na novela Insensato Coração. Claro, é uma obra de ficção, mas muito nos faz lembrar, que há exato um ano e um mês, morria nosso ALEXANDRE IVO. Mas o mundo real não é o ficcional das novelas, no mundo real, o rosto transfigurado pelas agressões, as lesões corporais, os dentes quebrados, a cabeça rachada, o sangue escoado no chão e o corpo quase que esquartejado APARECEM para infelicidade, dor, sofrimento e tristeza para seus familiares e amigos. 

Pode parecer que a aparição do GILVAN, um menino de mesmo biotipo e características do ALEXANDRE IVO, branco, de bom porte pela idade, bem apessoado, apresentável, carinhoso, meigo, inteligente, sorridente, sensível e educado, tenha aparecido no folhetim global para mostrar que o mundo perverso e homofóbico está cada vez mais violento e cruel, que é necessário mais que denúncias pelos crimes de ódio contra a vida de LGBT, que é urgente a luta por uma legislação federal específica que criminalize a homofobia para que haja um cessar de tantas mortes cruéis e violentas, tantas agressões e violações de direitos humanos de LGBT, e não exclusivamente, em qualquer faixa etária e geração, mas em particular com a juventude que vem cada vez mais sendo exterminada socialmente.
O fato é que ao ver um personagem tão parecido com o Alexandre Ivo, inclusive no seu assassinato - pois é notório e público e as provas são incontestes, um único assassino não exterminaria sozinho sua vítima, eles andam em dupla, em tripla e até mais - separamos a ficção da realidade. O encontro da sua mãe adotiva carioca da novela com o corpo do Gilvan foi o mesmo quando Angélica Ivo, a mãe da vida real, encontra seu filho no IML, só que com mais intensidade, com mais realidade e muito mais muitas lágrimas, pois o que a TV não mostra é feio – assim como a troca de afeto público ou privada do casal gay Eduardo e Hugo, que terão o mesmo fim do Gilvan e do ALEXANDRE IVO, serão assassinados.
Infelizmente, esse contraditório, pode até parecer pedagógico, mas não é essa a mensagem que a Globo, de certa forma, está passando,com os gays da novela, com o decreto da morte social da troca de afetos LGBT e os tantos preconceitos, radicalizados em muitas vezes com sustos (Roney), agressões (Chicão) e os assassinatos violentos (Gilvan e o casal esfriado e censurado, Eduardo e Hugo). Só sobrou o outro advogado gay que de tão assexuado nada acontece com ele. 

Ao que parece é que as cenas da MORTE devem também ter sido censuradas, mas está lá um corpo frio estendido no chão, tanto do Gilvan, como do Alexandre Ivo. Na TV só mostra os pés do menino, mas na vida real, estampada no jornal da cidade, o corpo de Alexandre Ivo apareceu, justamente, a reportagem estava na íntegra nas páginas policiais. Como na novela, seu assassinato não foi a “queima-roupa”, mas se diferenciou porque além dos socos e chutes, também teve paulada sobre todo o corpo, mas exclusivamente, como na novela, na cabeça, tanto que o laudo detalha o seu traumatismo craniano, mas diferente da novela, ele foi enforcado com sua própria camiseta, aquela da seleção brasileira de futebol, já que ele saiu vestido assim, simplesmente porque foi assistir a um jogo do Brasil por ocasião da Copa do Mundo na casa de sua amiga lésbica, junto com outros amigos gays e lésbicas. Outra diferença é a idade, apesar das aparências, o Gilvan diz ter 18 e o ALEXANDRE IVO tinha somente 14 anos de idade e tinha sonhos e planos, diferente do Gilvan, sobre o futuro, mas ambos de igual forma tinham desejos de viver se não fosse a retirada violenta desse direito por parte de alguns que sem civilidade, sem culpa e remorsos, continuam vivos por aí contando com a impunidade.

Pela Vida
Pela Paz
Tortura e Impunidade Nunca Mais!
Pela Criminalização da Homofobia!
Abraços Fraternos,
Angélica Ivo, 
Paula Ivo,
Marco José Duarte.