Por Marcelo Hailer - 23/02/2010 - 16:42
Foi divulgado esta semana o resultado do exame feito com o sangue do jovem Alexandre Ivo, 14, morto em junho do ano passado. Alexandre teve o seu corpo exumado como reivindicação da família para que se fizesse exame com o sangue dele encontrado no carro dos acusados.
De acordo com o promotor Paulo Mello Cunha, que está cuidando do caso, o resultado "inconclusivo não altera o processo, mas favorece os réus". "O resultado positivo seria interessante para a acusação", explicou.
O promotor disse que as investigações continuam e que o resultado do exame não pode ser usado por nenhum dos lados do processo. A família de Alexandre Ivo já declarou que vai pedir um segundo exame, mas em outro local, que ainda não foi divulgado. Os parentes de Alexandre Ivo aguardam também o resultado da perícia do local do crime, que também está envolto em polêmicas.
Num primeiro momento, uma testemunha, que mora em frente ao terreno onde o corpo de Alexandre foi encontrado, declarou ter visto o crime. Porém, quando a mesma testemunha foi chamada a depor, negou sua versão. A perícia do local do crime poderá ajudar a desvendar interrogações que permanecem no caso.
A próxima audiência do caso está marcada para ocorrer no dia 29 de março.
Campanha difamatória
Neste momento, a família de Alexandre Ivo enfrenta duas batalhas: levantar provas que comprovem que Alexandre foi vítima de crime homofóbico e lidar com campanha difamatória feita por blogs locais.
Segundo fonte que preferiu não se identificar, amigos e familiares dos acusados têm se organizado para comentar em matérias a respeito do caso sempre com a intuição de desqualificar Alexandre e seus amigos. Segundo a fonte, o objetivo é fazer acreditar que a conduta de Alexandre teria contribuído para sua trágica morte.
Recentemente, um blog de São Gonçalo divulgou tese de que os amigos de Alexandre seriam potenciais suspeitos por "terem envolvimento com drogas" e que Alexandre, por ter percebido algo "ruim", teria sido castigado. "Querem se utilizar de um argumento moralista para livrar a cara dos acusados", declarou a fonte.
Retirado de A CAPA:
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