sábado, 11 de dezembro de 2010

SOBRE O II ATO ALEXANDRE (V)IVO - 07 de dezembro de 2010



No dia 07 de dezembro de 2010, familiares, amigos, parlamentares, autoridades, ativistas, militantes e entidades dos Direitos Humanos e sociedade civil organizada participaram do II ATO ALEXANDRE (V)IVO em frente ao novo Fórum de São Gonçalo – RJ por ocasião da segunda audiência do processo criminal que se encontra na 4ª Vara Criminal sobre o assassinato do adolescente Alexandre Thomé Ivo Rajão, 14 anos, morto no dia 21 de junho de 2010 e que se tivesse dado tempo, completaria 15 anos de idade no dia 30 de novembro de 2010.







Os fatos ocorridos com relação ao crime de ódio são de conhecimento público e exposto, principalmente, pelos veículos de comunicação, jornais e TV. Desde o assassinato do ALE estamos empenhado na luta por justiça, para que os ditos supostos assassinos sejam condenados, e que não haja impunidade. Existem várias provas: laudo pericial do carro apreendido pela 72ª DP; registro das conversas a partir da quebra do sigilo telefônico dos ditos supostos assassinos; resultado do teste de DNA da mãe que aponta compatibilidade sanguínea com o sangue encontrado no laudo pericial do carro; registro dos depoimentos das testemunhas, e particularmente, do médico-legista, e mais recentemente estamos esperando o laudo genético de identificação biológica por análise de DNA da própria vítima, a partir da exumação do corpo. Tudo nos leva a crer que os supostos assassinos, que respondem ao processo em liberdade, são os verdadeiros criminosos.









Nesses quase 6 (seis) meses do assassinato do nosso Alexandre, o II ATO e VIGÍLIA contou com quase cem pessoas, com intervenções artístico-culturais e de depoimentos pessoais, embaixo de um forte sol torrencial, sem sombra e água fresca, das 15h às 23 horas, diferente do nosso primeiro ATO no Auditório da Faculdade de Formação de Professores da UERJ de São Gonçalo, com ar-condicionado e a noite. A presença dos movimentos sociais, como LGBT (Grupo Liberdade e Grupo Arco-Íris), mulheres (MMSG), culturais (ConCultura), sindicais (SEPE e SINDSPREV), estudantis, acadêmico-profissionais (CRESS e OAB), professores, comunidade em geral e várias lideranças e representações de partidos políticos, como o mandato do Deputado Estadual Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALERJ, do mandato da Senadora Fátima Cleide (PT), do mandato da Senadora Serys Slhessarenko (PT), os Deputados Federal e Estadual eleitos, respectivamente, Jean Wyllys (PSOL) e Janira Rocha (PSOL), o Representante do mandato do Vereador Renatinho (PSOL) de Niterói, que entregou a mãe, Angélica Ivo, uma Moção aprovada pela Câmara dos Vereadores de Niterói, o Representante do Setorial LGBT do PT-RJ, bem como  Representações oficiais da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, da Coordenadoria Municipal dos Direitos LGBT da Prefeitura do Rio de Janeiro e do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro, além da presença de jornalistas no local que deu visibilidade ao evento, através de diversas mídias, blog, sites, jornais impressos, rede de TV, etc, incluindo os diversos apoios de entidades e personalidades públicas que não puderam estar presentes ao local, como GTNM, ABEPSS, CRP-RJ, ASDUERJ dentre centenas de outros que assinaram manifesto, publicaram em seus veículos de comunicação e estão juntos nessa luta por Justiça, contra a Impunidade e a Tortura.









No mesmo dia 07 de dezembro, pela manhã, tivemos audiência com o Procurador Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro em exercício e o Sub-Procurador de Direitos Humanos do Ministério Público, a partir de uma Carta-Ofício assinada pelos seguintes parlamentares: Senadora Fátima Cleide, Deputado Federal Iran Barbosa, Deputado Federal Carlos Abicalil, Deputada Federal Fátima Bezerra, Deputada Federal Manuela D’Avila, Deputada Federal Iriny Lopes, Deputada Federal Cida Diogo, Deputado Federal Eleito Jean Wyllys, Deputado Estadual Marcelo Freixo e Deputada Estadual Eleita Janira Rocha e centenas de entidades de DDHH, intelectuais, ativistas e militantes. Nossa reivindicação junto ao Ministério Público, a partir do seu empenho e autoridade, é que se faça um levantamento detalhado do local do crime, incluindo testemunhas oculares no entorno onde o corpo foi encontrado, bem como a apreensão da camisa da vítima que foi usada para seu enforcamento. Com esses dados e os demais elementos de prova existente nos Autos, esperamos que o MP leve os supostos assassinos a julgamento com a  acusação de homicídio triplamente qualificado e tortura ao adolescente Alexandre Ivo que foi barbaramente assassinado.


 



Estamos usando, de forma coletiva junto aos movimentos em defesa e pelo direito à vida, a única arma que temos, NOSSA VOZ, transformando o LUTO em LUTA!












 Saudações fraternas e continuando na luta!
Angélica Ivo – mãe
Paula Ivo – irmã
Marco Duarte - primo

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